Secretaria da Educação promove V Encontro para a Diversidade

Para am­pliar as dis­cus­sões sobre Edu­cação para a Di­ver­si­dade e trocar ex­pe­ri­ên­cias que re­flitam na prá­tica pe­da­gó­gica, es­tu­dantes, edu­ca­dores e ges­tores es­co­lares par­ti­cipam, nestas se­gunda e terça-feira (21 e 22), no au­di­tório da Se­cre­taria da Edu­cação do Es­tado, do V En­contro para a Di­ver­si­dade: de­sa­fios e pers­pec­tivas in­clu­sivas em edu­cação no Sé­culo XXI. O evento, re­a­li­zado em par­ceria com a Se­cre­taria de Pro­moção da Igual­dade Ra­cial (Se­promi) e a Fa­cul­dade Mau­rício de Nassau, faz parte da agenda da Edu­cação para o No­vembro Negro.
A programação conta com palestras e mesas-redondas com professores e acadêmicos, além de apresentações culturais e exibição do filme Bem-vindo a Marly-Gomont. Dentre os assuntos abordados no encontro, destacam-se: Educação Inclusiva, Um Olhar Sobre a Diversidade na Educação, Educação e Religiosidade.
O superintendente de Políticas para a Educação Básica, Ney Campello, falou sobre a importância da Lei 10.639/03, que determina a obrigatoriedade do ensino da história e culturas afro-brasileira e africana nas redes públicas e particular de ensino. “É essencial que na Bahia sejam implementadas as diretrizes da Lei 10.639/03 para que se fortaleça a Educação para a Diversidade”, destaca.
Maise Evangelista dos Santos, 17, que cursa o 2° ano no Colégio Estadual Sete de Setembro, aproveitou a ocasião para explicar sobre o projeto de iniciação científica que desenvolve na escola, o Kayodê. “O tema do nosso projeto é a Diversidade Religiosa na Escola dentro do qual aplicaremos um questionário para identificar a identidade religiosa dos estudantes e trabalhar de forma focada para saber o que eles pensam sobre religião”, afirma.
Para a professora de História da unidade escolar, coordenadora do projeto e do evento, Dayse Luciano Santos, o projeto é muito importante. “Através do projeto, descobrirmos que a comunidade escolar era formada por 76% de estudantes cristãos, o que motivou a trazer a discussão para a escola sobre a identidade do negro evangélico e que conta com a participação ativa dos estudantes. O projeto visa a construção da identidade étnico-racial através de atividades como capoeira, dança afro, orquestra de berimbau e outras”, explica a educadora.
A estudante de Pedagogia da Faculdade Maurício de Nassau, Priscila Nascimento, diz que a participação no evento é enriquecedora. “As discussões sobre os temas tratados, a exemplo de Educação e Religiosidade, vão contribuir muito para a nossa formação e de como podemos lidar com os futuros educandos ao trabalharmos a diversidade em sala de aula”, conclui.
Videoconferência – Paralelamente ao encontro, nesta segunda-feira, a Secretaria da Educação do Estado promoveu uma videoconferência sobre a Lei 10.639/03, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), com retransmissão para as telessalas dos Núcleos Regionais de Educação (NRE). A videoconferência contou com a presença do professor, pesquisador e fundador do Conselho da Comunidade Negra do Estado de São Paulo, Helio Santos.
Outras atividades – Dando continuidade à programação do Novembro Negro na Educação, também estão sendo realizadas diversas atividades nas escolas. Nas quarta e quinta-feira (23 e 24), o Colégio Estadual Eraldo Tinoco, instalado na comunidade quilombola, no distrito de Santiago do Iguape, em Cachoeira, sediará o seminário Educação Escolar Quilombola, em Santiago do Iguapé (23), das 9h às 11h30, e o Projeto Consciência Negra, em Santiago do Iguapé (24). O Colégio Estadual Eraldo Tinoco é a primeira unidade da rede estadual a implantar as Diretrizes Curriculares da Educação Quilombola.
Em Salvador, até a próxima quinta-feira (24) acontece a Gincana Cultural do Colégio Estadual Democrático Bertholdo Cirilo dos Reis, localizado no bairro de Plataforma, com o tema “Sou Negro(a) com muito orgulho”.
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