Votação para Parlamento Juvenil do Mercosul termina hoje

Três estudantes da rede estadual de ensino estão concorrendo à eleição do projeto Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM). Eles foram selecionados pela relevância dos projetos, que falam sobre a educação indígena, inserção no mundo do trabalho e a participação dos jovens na gestão escolar. Serão escolhidos 27 estudantes, um representante de cada Estado. Para que um destes estudantes da rede estadual seja eleito e represente a Bahia, é preciso que seja o mais votado pela internet. Para tanto, é preciso acessar a Página do Parlamento, onde está o perfil de cada concorrente e votar no seu candidato. A votação foi prorrogada até o dia 7 de novembro.

O estudante indígena da etnia Pataxó, Emerson Torres Ferreira, 17 anos, da aldeia Pataxó Coroa Vermelha, localizada em Santa Cruz Cabrália (708 km de Salvador) é um dos concorrentes. Ele cursa o 2º ano no Colégio Estadual Indígena Coroa Vermelha e também atua como militante da União da Juventude Socialista. O seu projeto “Velhos Jovens” visa a valorização e o reconhecimento das lutas pelos direitos humanos dos povos indígenas.
“O PJM é, sem sombra de dúvidas, um espaço de empoderamento e de buscas por melhorias no ensino médio brasileiro. A minha inscrição para concorrer a esse mandato vem da esperança de ver a juventude indígena ocupando cada vez mais espaços, de ver a voz da educação escolar indígena de ensino específico e diferenciado ser ouvida com mais força e que, de fato, isso seja concretizado. Se eu for eleito, pretendo defender de forma coerente os direitos de todos a terem uma educação de qualidade, principalmente a educação dos povos indígenas e do povo negro, por uma educação que nos contempla em nossas especificidades”, destaca.
Para Bruno William da Conceição Jorge, 15 anos, que cursa o 1°ano no Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Goes, localizado no município de Catu (93,3 km da capital), esta é uma oportunidade única. Ele está concorrendo com o seu projeto “Jovem trabalhador: possibilidades e perspectivas de inserção no mercado de trabalho, a partir do contexto escolar”. “Já estou mobilizando a minha comunidade e outros estudantes nas redes sociais para votarem em mim. Meu objetivo é ajudar a sociedade jovem a ter mais acesso a oportunidades profissionais no mundo do trabalho”, diz, confiante.
Quem também está na campanha por uma vaga é Admilson dos Santos Boaventura, que estuda no Colégio Estadual Castro Alves, localizado em Adustina (383 km de Salvador). Seu projeto “Progresso Conjunto – Sua opinião faz a mudança” propõe um modelo educacional no qual o estudante opine e participe das tomadas de decisões, juntamente com a gestão escolar.
Parlamento Juvenil Mercosul
O PJM visa promover o protagonismo juvenil, no qual o estudante eleito de cada Estado representará o Brasil em um mandato de dois anos (2016 a 2018). Os jovens serão convocados para um curso de formação em Brasília, no qual receberão orientações sobre o papel do parlamentar juvenil e, também, participarão de atividades em encontros nacionais e internacionais para trocarem experiências com estudantes dos demais países participantes.
Durante o processo, eles participarão de discussões e contribuirão na elaboração da Declaração do Parlamento Juvenil, documento produzido pelo coletivo do PJM, formado pelos parlamentares juvenis de todos os países-membros e associados. Cada estudante elaborou um projeto dentro do tema “O Ensino Médio que queremos” e que abordam temas como: inclusão educativa, participação cidadã, direitos humanos, diversidade de raça, etnia e gênero, integração regional e trabalho. São propostas de intervenções na sociedade que abordam as necessidades e objetivos da juventude dos países que fazem parte do Mercosul.
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