Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual inicia 2ª Jornada de Formação da Educação Inclusiva

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O Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual (CAP), localizado em Nazaré, realizou nesta segunda-feira (19/03) a abertura da 2ª Jornada de Formação da Educação Inclusiva. Ao total são oito cursos e oficinas, com 40 vagas cada, e jornada de 40 a 120 horas, com certificado do Instituto Anísio Teixeira (IAT), que serão disponibilizadas para professores da rede pública de ensino, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Barris), em Salvador. A solenidade contou com a apresentação do Musicap, grupo musical formado por estudantes da unidade, e palestra intitulada ‘Formação e Preconceito’. As atividades serão realizadas por etapas durante todo o ano letivo, iniciando esta semana com o curso “Ensino do Sistema Braile”.

O diretor do CAP, Rivelto Carvalho, falou do objetivo da Jornada para a formação dos educadores. “A unidade tem três vertentes na sua finalidade institucional: o atendimento à pessoa com deficiência; a produção de material adaptado; e a de formação. Esta última estava um pouco estacionada, mas com a parceria de certificação com o IAT conseguimos realizar três cursos o ano passado e, para 2018, demos um salto com a oferta de oito cursos. A ideia é fortalecemos essa política educacional de inclusão da pessoa com deficiência na escola regular, não somente dando ao professor uma formação na perspectiva pedagógica, mas também de avançar no entendimento do que significa a Educação Inclusiva na rede, ampliando o conhecimento e sua visibilidade”, destacou.

Rivelto ainda explicou como será realizada a oferta dos cursos. “Estamos começando com o curso ‘Ensino do Sistema Braile’, que segue até sexta-feira. Já em abril teremos o curso de ‘Orientação e Mobilidade’ e ‘Informática Acessível’. Em junho, o curso ‘Atendimento Educacional Especializa’, esse com 120h, três módulos de 40h. Então são vários cursos todos dentro desta questão do atendimento educacional especializado para a pessoa com deficiência. É bom lembra que as vagas são abertas paulatinamente para cada curso. Nós priorizamos os professores da rede estadual de ensino, aquelas que possuam salas com recursos multifuncionais. As vagas são institucionais, então de acordo que vão sendo abertas vamos divulgando para as escolas, IAT, Secretaria da Educação do Estado e o Núcleo Territorial de Educação (NTE). Para mais informações, o educador pode entrar em contato direto com a gente nos telefones (71) 3322-4133 e 33213014”, enfatizou.

A professora Rejane Caetano, do CAP, uma das responsáveis pela formação do curso “Ensino do Sistema Braile”, destaca como a qualificação pode contribuir para o melhor atendimento ao estudante com deficiência. “Por meio da ação o professor passa por uma atividade que promove a capacitação, orientação e como trabalhar o Braile para atendimento dos alunos nas escolas. Então é muito importante essa formação, porque já fui professora de escola regular, e muitos se questionam como trabalhar com uma pessoa com deficiência. Posso afirmar que nas 40h, os participantes vão aprender o alfabeto dentro do método de teoria e prática, dando condições para atuarem nas unidades escolares”, disse.

Já a professora Ana Rita Leite, do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Empreende Bahia, em Água de Meninos, relatou a motivação de participar do curso. “Tive a experiência de ter uma estudante que levava a irmã com deficiência visual para as aulas por não ter com quem deixá-la. Ela de certa forma acabou se identificando com o curso, e eu me questionava muito sobre a necessidade de possuir uma melhor capacitação para atender alunos com deficiência. Por isso com essa oportunidade oferecida pelo CAP decidi participar desta formação para me qualificar no atendimento a esses estudantes”, salientou.

Para a estudante Sandra Regina Vicente, 59 anos, que frequenta o CAP há oito anos, o atendimento qualificado contribui na melhoria de vida dos alunos. “Considero o local a minha primeira casa. Chego pela manhã e passo o dia todo aqui. Sou uma pessoa que gosta de está aprendendo sempre e na unidade nós aprendemos diversos aspectos da vida de informática, até o manuseio do telefone celular ou caixa eletrônico do banco. Quando era mais jovem e estava na escola regular tive algumas dificuldades, por isso acho fundamental a qualificação dos professores”, concluiu.

 Fonte: ASCOM / SEC

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