O Colégio Estadual Satélite, localizado no bairro de Piatã, em Salvador, é uma das unidades da rede estadual de ensino que trabalha com Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva com Atendimento Educacional Especializado (AEE). A unidade conta com 400 estudantes matriculados no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, sendo 48 alunos da Educação Especial. Nesta quinta-feira (17), gestores, professores, funcionários e familiares dos estudantes receberam a visita do secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, que falou sobre as perspectivas para a unidade escolar.
“A ideia é ampliarmos a oferta de vagas para os alunos especiais devido à escola ter se tornado referência na oferta da educação inclusiva. Também estamos debatendo junto com educadores novos métodos que fortaleçam, ainda mais, a pedagogia nesta área e, por isso, contamos com a contribuição dos professores para participarem, junto com a gente, deste momento de resgate do espírito da escola, para atrair cada vez mais o estudante”, declarou Pinheiro.
A coordenadora pedagógica do colégio, Cláudia Oliveira, falou sobre as expectativas da comunidade escolar. “Ficamos muito animados com esta visita, porque pudemos discutir sobre demandas específicas da escola, principalmente por realizarmos um trabalho diferenciado com estudantes da educação inclusiva. Esperamos melhorar nossa estrutura e estamos muito contentes com a ideia do secretário em disponibilizar o uso da tecnologia como ferramenta para o ensino”, enfatizou a gestora.
Os estudantes também participaram do encontro. Diego Almeida, 23 anos, que é cego e faz o 1º ano no colégio, falou sobre esta integração com a Secretaria. “Foi muito bacana o contato com o secretário Pinheiro. Fiquei empolgado com o plano de trazer a Robótica para aprendermos Matemática, além de outras ferramentas que ampliem nosso aprendizado”, contou.
Compondo um grupo de pais e mães de estudantes, a cabeleireira Cláudia Mori falou sobre a importância do Colégio Estadual Satélite para a formação da sua filha autista, Airi Fugii. “Morei um bom tempo no Japão que tinha uma ótima assistência. Quando retornei para o Brasil, eu tive muitas dificuldades para encontrar uma escola. Com o Colégio Estadual Satélite, eu fiquei muito contente porque os eles fazem um trabalho realmente de inclusão e não colocam em grupos separados. Isso mudou bastante a formação de Airi”, relatou.
Fotos: Claudionor Jr. – Ascom/Educação