Os estudantes do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Presidente Costa Silva, localizado na Ribeira, em Salvador, se despediram da unidade escolar com muita arte e pertencimento cultural. É que durante todo o ano letivo, eles preparam o projeto interdisciplinar intitulado “Bahia entre territórios e identidades: a cultura e a história de um povo”, apresentado na formatura dos concluintes. A atividade envolveu três peças teatrais. A ideia foi utilizar a arte teatral para promover uma reflexão sobre a importância da cidadania para o conhecimento histórico, geográfico e cultural das várias regiões que compõem o Estado, deixando um legado para a vida dos formandos.
O projeto pedagógico, que incentiva a leitura e a pesquisa, é desenvolvido no colégio há 17 anos e envolve toda a comunidade escolar, trazendo, a cada ano, um tema diferente. Este ano, explica o professor de História Robson Farias, idealizador e um dos coordenadores do projeto, a proposta do tema levou os estudantes a pesquisas internas e de campo, seminários, mosaico e encenação teatral, transportando para o ambiente escolar a história das diversas regiões da Bahia: Salvador, Chapada Diamantina, Recôncavo Baiano, Costa do Descobrimento, Costa do Dendê, Costa do Cacau, Oeste Baiano e Sertão. “O resultado é um trabalho grandioso, que envolve adaptação de texto e interpretação cênica, trazendo à tona diferentes culturas e costumes, promovendo conhecimento, autoestima e integração”, destaca o educador.
A estudante Dandara Goecking, 18, que acaba de concluir o 3º ano, fala do significado do projeto. “Esse trabalho tem uma importância grande em se tratando de um espaço de Educação pública em Salvador, cuja cultura africana é forte, mas muita gente desconhece. Assim, o projeto cumpre o papel de resgatar a nossa história e desenvolver a nossa identidade cultural. É uma atividade muito envolvente, que conta com a participação de toda a escola”.
O professor de Língua Portuguesa e também coordenador do projeto, Jaddo Maciel, completa: “O projeto agrega valores, como criatividade, senso de equipe, desenvolvimento de pesquisa e protagonismo juvenil, além de envolver as famílias dos alunos, que assistem às apresentações. É muito emocionante ver o envolvimento dos estudantes do 3º ano, que acabam atraindo a atenção e a participação de todos os alunos, rompendo, inclusive, os muros do colégio, já que apresentamos o trabalho também em escolas da rede municipal”.
Fonte:Ascom/SEC